1 de julho de 2008

o grátis, a internet e o suporte físico

de acordo com chris anderson o futuro é grátis. a internet vai viabilizar tudo e quem vai pagar pelas coisas grátis vão ser a publicidade, os serviços pagos e os pacotes master (rapidshare é um bom exemplo disso). só que eu não acho isso interessante. a oi vem dando sinais de que aparelhos já não são importantes. as operdaras operadoras de celular ainda tentam segurar isso, mas a oi já vem se desligando do aparelho de celular faz tempo. o que importa é o plano, é você ligar, acessar internet e fazer uso dos serviços. não é a toa que as outras operadoras de celuar tem medo da oi, ela tem a estratégia de mercado mais contemporânea e a que parece mais agradável ao consumidor, e que dá muito lucro para a empresa. dentro da internet tem dois movimentos contrários, o libera geral e o segura tudo. os dois lutam porque os dois estão crescendo e nos dois tem gente ganhando dinheiro. quem ganha muito com o libera geral é o consumidor que não precisa mais pagar por livros, por discos, por revistas e assim vai. a cultura foi a primeira a despencar com o libera geral. a indústria cultural ainda vacila porque a cultura, com o libera geral, já não tem controle sobre a cultura, quem manda na cultura é quem está fazendo cultura, é o próprio artista. o segura tudo quer pro que quer que o libera geral seja ilegalizado. assim eles voltam a ser o chefões e o suporte físico volta a ser a fonte de lucro. mas e daí? como fica tudo isso? eu gosto das coisas de graça. mas tem um porém, o mundo não é feito de consumidores conscientes. se as coisas ficam de graça a quantidade de lixo e produção vai ser insustentável. pessoas vão trocar de celular, ipod, computador a cada novo lançamento, a cada novidade. a indústria cultural pode até ser livre, mas não é possível. a cultura é a manipulação mais ferrenha de controlar a grande massa. esse controle não vai ser perdido assim tão fácil, o consumismo vai tomar outra forma, a publicidade vai vir com fogo e ferro e alguém vai vender (ganhar) mais que o outro. e o suporte físico deve virar nicho, um fetiche para alguns que insistem em ter o produto em espécie. existe uma outra possibilidade, que quase não se comenta, mas é a mais provável. muda-se o sistema.