1 de agosto de 2008

a revolução de wall e

acredite ou não esse filme é um primeiro passo de muitos que estão por vir na mundo das animações 3d. em uma palestra que vi na faculdade sobre quadrinhos underground lembro de um comentário sobre o que estava bombando na animação eram pinguins dançantes e esquilinhos alegres, mas não existia nada mais consistente que pudesse marcar uma geração e ter um verdadeiro peso na história do cinema. eu esperava muito pra que um dia aparecesse um longa metragem em 3d com uma história de peso para fazer a diferença e não só divertir. fazem 13 anos que a pixar (sob a disney) lançou o toy story, o primeiro longa de animação feito em computação gráfica (engraçado, foi a disney a primeira a lançar um longa metragem em animação, a branca de neve). toy story tem uma história genial, mas é feita para crianças, com linguagem e temática infantil. isso não é ruim nem fácil mas filmes para crianças não mudam pensamentos nem causam revoluções. wall e tem apelo infantil, talvez pela tradição da pixar dentro da disney, mas sua história e citações são feitas para adultos. as ligações com kubrick, homenagens à apple, a escatologia de um mundo habitado somente por um robô e uma barata, homens que não pensam nem fazem nada, robôs que querem sabotar a volta para a terra, um mundo poluído e sem vida e uma plantinha achada depois de muito tempo sem nenhuma manifestação de vida na terra não fazem parte de nenhum imaginário infantil. wall e entra no mundo da ficção científica com simplicidade e classe e merece a comparação com a dança dos satelites na abertura de uma odisséia no espaço de stanley kubrick.