essa semana a tecnopop mostrou a nova marca da cbn.
numa discussão sobre a mudança da marca, vinícius guimarães comentou: "será que a dinastia 'na dúvida use...' ficará assim: ... - helvetica - frutiger - gotham?". antes, uriá fassina propôs uma camiseta com o slogan "Gotham: The new Helvetica?".
e comentando essa mudança da cbn e a popularização da gotham com minha mulher, decidi ir atrás da história da gotham e talvez descobrir o porquê do sucesso dessa família tipográfica.
o começo
a gotham foi desenhada pela hoefler & frere-jones para a gq magazine. no briefing da gq, foi dito que eles precisavam de um fonte que representasse o universo masculino. nas referências visuais haviam posters de raves, discos de tecno, cartazes bem contemporâneos, outras fontes como a futura e cartazes da bauhauss. ou seja, eles queriam algo que fosse contemporâneo e atemporal.
olhando para a paisagem urbana, hoefler & frere-jones viram letreiros geométricos que tinham uma estrutura simples, coisa que um type designer dificilmente faria, mas típico de engeinheiros. desses letreiros surgiu a gotham.
e o bafafá?
feita pra gq, ela foi escolhida para a campanha de obama no slogan hope and change.
numa reportagem da the age, tobias frere-jones comenta:
o irônico da campanha do obama é que em algum ponto no começo da campanha, eles estavam tentando retratá-lo como esse cara bonito, mas essencialmente vazio, em roupas elegantes e que tinha acabado de sair das página da gq. mas, não era ele, era a tipografia.
a própria
a quantidade de pesos, as possibilidades, os recursos opentype fazem com que ela seja uma família completa. mas, o apoio de um dos presidentes mais desejados faz com que ela, talvez, seja a próxima helvetica.
se quiser comprar, ela está disponível aqui.
