17 de maio de 2010

a volta da Grotescas

Não sou muito fã delas, mas no último mês foram lançadas duas famílias Grotescas, e achei interessante documentar (e criticar) a possível volta de um estilo ultrapassado, mas muito utilizado ainda.

um poquinho de história

Grotescas são fontes sem serifa que nasceram lá pelo séc. XIX. Elas tem pouco contraste e tem como sua maior representante a Helvetica, desenhada por Max Miedinger em 1957.

Foram adotadas como representantes da imparcialidade e racionalismo, principalmente pelo design suíço da métado do séc. XX. Até hoje são fontes coringa que servem para praticamente qualquer projeto (e isso é quasse 100% verdade).

Algumas fontes tomam como sua primeira representante a Akzidenz Grotesk, na qual a Helvetica foi baseada, porém não posso afirmar isso com certeza por falta de fontes.

os lançamentos

Os dois lançamentos não tem muito a se falar, são fontes bem parecidas, com a mesma finalidade e com a tentativa de serem contemporâneas.

founders grotesk fouders

Desenhada pelo Kris Sowersby, é um revival baseado principalmente nas grotescas de Miller & Richard (fundidora de Edinburgh – Escócia).

aktiv grotesk

fouders

Desenhada por Fágio Haag, vêm como alternativa a Helvetica, sem ter nenhuma grotesca específica como base.

minha crítica

Não vejo nenhuma necessidade em uma alternativa a Helvetica (já temos a Univers), ou novas grotescas que sigam o padrão das antigas. elas continuam com parceiras itálicas oblíquas (mesmo quando as “itálicas” são redesenhadas), sem versaletes e sem algarismos de texto. A única novidade é que elas foram desenhadas do zero.

Não é contemporâneo se continua igual. Não é novo, se só foram corrigidos os “erros” que, normalmente, só são visto por type designers.

E no fim das contas só fiz esse post pra dizer que acho essas novas fonte irrelevantes, continuo com a Univers e salve Frutiger!