1 de julho de 2008

intrigante!

saiu na wired uma lista de como diminuir a quantidade de carbono. a tradução é do doria, o pedro (acho cada integrante da família tem um blog). 1. Viva numa cidade. Prédios de apartamentos consomem menos energia no inverno do que casas, mas esta não vale tanto para cidades grandes brasileiras como São Paulo. Uma cidade bem azeitada, como Nova York, Paris ou Londres, tem transporte público que as pessoas de fato usam. Cidades favorecem, por sua arquitetura, o transporte de grandes massas de população gastando muito pouco combustível fóssil. Quem vive no campo ou em cidades menores depende do automóvel. 2. Viva em lugares quentes. É preciso menos energia para diminuir a temperatura de um ambiente do que para esquentá-lo. Ar-condicionado gasta menos energia do que aquecedor. 3. Consuma alimentos não orgânicos. Agricultura industrial é mais eficiente. Uma vaca que não foi criada com hormônios e outros truques produz menos leite e emite mais gás. Uma plantação orgânica precisa de mais terra do que uma industrial. 4. Trate as florestas como parques. Árvores são boas e sugam carbono do ar quando saudáveis. Quando já velhas ou mortas, apodrecem e emitem carbono. Deixar as florestas bem capinadas pode transformá-las em máquinas de sucção e emissão quase zero. 5. Confie na China. Nenhum país está produzindo tanta tecnologia de produção de energia limpa quanto a China. Eles têm três motivos para estar nessa posição. O primeiro é poluição atmosférica, um sério problema lá e uma das maiores causas de insatisfação popular. O segundo é a ameaça de enchentes cada vez mais constantes pelo aquecimento nas cidades costeiras. E, por fim, há o enorme mercado externo por painéis de captura de energia solar e afins. 6. Aceite engenharia genética. A agricultura é responsável, hoje, por 14% das emissões de carbono. Temos seis bilhões de pessoas para alimentar. Hora de apostar na eficiência. Modificação genética permite diminuir a necessidade de pesticidas e, principalmente, fertilizantes a base de nitrogênio. Estes fertilizantes são os maiores vilões: são feitos com gás natural, tira-se o nitrogênio, joga o carbono para cima. 7. Abandone o modelo de créditos de carbono global. É impossível monitorá-lo. A árvore que prometeram plantar na Bolívia para compensar uma viagem de avião pode ser cortada sem que ninguém veja. Localmente o sistema pode funcionar. 8. Abrace a opção nuclear. É a única fonte de energia que tem escala industrial e não emite carbono. 9. Compre um carro usado. Fazer carro joga carbono na atmosfera. Muito. Um carro menos poluente precisará rodar muitos quilômetros e queimar muita gasolina até compensar as emissões gastas para produzi-lo. O carro usado já pagou essa conta. 10. No fim, não adianta. Se EUA, Japão e Europa desligarem suas usinas termoelétricas e seus carros agora, ainda assim as emissões de Índia e China farão com que o índice de gás carbônico salte das atuais 380 partes por millhão na atmosfera para as 450 ppm em 2070. Como nada será desligado, a marca será alcançada em 2040. Precisaremos lidar com um planeta mais quente de qualquer jeito. A revista sugere que, com nossa tecnologia, estamos mais bem preparados para lidar com o aumento de temperatura do que para evitá-lo. a wired é uma fonte respeitável, o pedro doria também.