1 de julho de 2008

publicidade

pelos caminhos que anda a publicidade, daqui a pouco é ela quem vai comandar o mundo, e não as corporações que pagam ela (isso é um chute feito de muito, mas muito longe, se acertar, nem sei como). lendo a crítica que o marona e o mello escreveram sobre a matéria que o globo publicou no sábado (foi essa que saiu na internet, não sei se é a mesma que saiu impressa), o globo critica fervorosamente quem utiliza o bolsa família para outros fins que não comida. se a pessoa compra uma geladeira ou um fogão, como é citado na matéria, essa pessoa deveria sofrer muito. o intuito do bolsa família não é dar comida a quem tem fome, ao menos não é só esse o intuito. se fosse, que o governo desse aquele ticket mercado e não dinheiro. mas não é esse meu ponto. em nenhum momento o globo chega a colocar na mesa o poder que a publicidade tem sobre essas pessoas. eles não falam que a vontade de comprar uma geladeira não vem por ambição, mas vem por sedução e estratégias de mercado. não chegam nem próximo a dizer que os culpados são eles mesmos que veiculam e suportam esse sistema do homem primata.