11 de outubro de 2011

O papel de alguém de fora no processo criativo

Primeiro, o simples fato de ter alguém que não é da banda e está dando sugestões de novas formas de trabalhar em si já é muito poderoso. Porque aquela pessoa não é parte da situação política/ diplomática dentro da banda em si. Qualquer banda que está junta a muito tempo conseguiu, em parte, sendo educados um com os outros; um certo nível de relacionamento humano decente. Então é muito difícil se alguém dentro da banda faz alguma coisa que você pensa que não é uma boa ideia — ainda é difícil dizer: “Olha, isso não é bom. Não vamos nos importar com isso.” Você tem o trabalho de passar pelo processo de explorar isso até que a pessoa sozinha diga: “É, não é tão bom assim, né?” Mas, tendo alguém de fora, chegando e olhando um pedaço sem nenhum tipo de lealdade e preconceitos particular a banda e diz: “É, isso funciona, mas penso que isso não funciona. E esse trecho aqui poderia funcionar…” As pessoas estão muito mais prontas pra aceitar uma avaliação como essa de alguém que eles sabem que não está pessoalmente ligada com o trabalho. Então, o produtor como um outsider (alguém que olha de fora) em si já é importante.

Brian Eno entrevistado por Steven Johnson